SEM PALAVRAS
É note...
No silêncio do quarto, suave e serena, propaga-se a luz
Corações palpitam, e fala a voz dos anjos.
Fala de coisas que transcendem a alma, e promovem a calma
Uma branda calma que alenta e traz a esperança no porvir.
Com pensamentos vagando, na busca da lógica das coisas,
entrego-me ao permeio das palavras, que só a minha mente escuta.
Ele... ele pousa a cabeça no travesseiro macio.
Uma vontade de lhe tocar o rosto que dormita sereno,
o corpo entregue ao sono do repouso,
e sua alma ... sua alma vôa.
Um meio sorriso nos lábios ainda gratos,
pelo leve toque dos meus ao lhe desejar boa noite.
Um abraço suave, um aperto de leve, uma prece de gratidão...
No embalo do sono, os sonhos povoam... a troca de idéias.
Ambos dormem, sonham, juntinhos de jeito.
No meio da madrugada, corpos se ajeitam, aconchegam-se,
mãos se procuram, buscando a cereteza da presença um do outro.
Lá fora, o tempo corre, silencia-se o canto da noite.
o apito do guarda emudece, e nós...só nós.
Quatro paredes nos cercam, mas a liberdade de ser
toma conta de nós. Livres. Donos de nós.
A fluência do amor acentua-se. Mais um aperto de leve.
Já não há mais palavras. Apenas o silêncio exigido.
O suspiro profundo, um sorriso suave e o sono...
ele chega de novo. Dormem...dormem tranquilos.
O tempo...esse tempo. Lá no cantinho da janela
Ele espia majestoso...meio tímido até...O Sol.
Nós...só nós. É dia
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