segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DESCOBERTA

É noite...o silêncio fala por mim.
Saudade, doce e nostálgica saudade
de alguém que nunca vi,
mas que sempre esteve presente.
Há no peito um coração pulsante
Que chama pela alma do poeta, que venha calar meu peito
Com o canto do seu cantar.
Não importa onde, quando...não importa a forma.
Ele está lá.Ele existe
E eu estou de cá...Eu existo.
A poesia que canta em mim,
Soa vibrante, chamando pela alma que canta.
Que espalha aos ventos as suas mensagens.
Minhas asas pesam, meus olhos se fecham...
Mas, minh’alma canta, incansável.
Alça vôos, despede-se da realidade,
Momentaneamente...
Busca pouso nos braços do sonho.
Pousa a cabeça nos ombros do amor.
Do amor? Onde?
Minha alma canta...
Canta pela alegria de encontrar guarida
Em outros cantos.
Tudo vibra, tudo é luz, nada de pranto.
Se a alma existe, o amor persiste.
De onde veio: De outros tempos?
Almas poetas, almas cantantes.
Unem-se na doce ternura da saudade errante.
Poetas também se amam, sintonizam-se.
Poetas são poesias.

Elvarlinda Jardim - Cantantas de Palavras

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