segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CONSCIÊNCIA DE MIM (Mensagem corrigida)

O amor é um sentimento que transcende a realidade das mazelas humanas. Nós que amamos somos fortalecidos pela própria natureza, que se incumbe de nos dar sustentação nas horas de tempestade. Já suportei relâmpagos e trovoadas, fugindo dos raios, sem nunca machucar àqueles que os direcionavam a mim. Fui severa, mas branda quando o momento exigia. Venci. Venci como uma leoa na luta para salvar a sua cria das garras dos caçadores desumanos. Consegui arrancá-la das entranhas, seguindo as diretrizes do bem. Como diamante no seu estado primitivo, venho aprendendo a suportar cada raspada do esmeril, e o autor de mim sempre se predispondo a me alimentar das forças hauridas da sua própria essência. É assim que amo. É assim que minha alma se alimenta. Sou como um pássaro de asas de aço, que nem mesmo a ação corrosiva do tempo conseguirá maculá-la com a ferrugem do mal. Já chorei, acordei em sobressaltos, já analisei todos os senões, já tropecei pelas estradas do egoísmo, já voei, sem temer o perigo, consciente de uma vitória futura e de um compromisso a cumprir. Recuei e avancei, sem deixar que o temor me atormentasse, mas, nunca me perdi de mim mesma. O pouco que fiz é demasiadamente pouco, ainda não cheguei ao limite, ou não chegarei, já que na escada da vida o último degrau não existe. Senão, por que eu teria asas? Perguntam-me: Valerá a pena? Tudo vale a pena quando cremos na libertação do Ser. Tudo vale a pena quando a nossa proposta é de contribuir com o outro, não acentuando suas falhas, não estimulando suas mágoas, não alimentando sua queda, mas levando-o a se descobrir como criatura divina. Já fui joguete alimentado nas caladas da noite por mentes ainda em estado latente, sem a compreensão do bem e do mal. Dores? Quem não as tem? Quem não as vive? Que elas venham! Vestirei a armadura do amor para que os seus dardos justiceiros não me sufoquem o espírito que sonha ser o que ainda não fez e o que ainda não é. Muito pouco o que sou. Muito pouco.

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