domingo, 28 de novembro de 2010

SOB OS ESCOMBROS DA RUÍNA

A linguagem dos sentimentos manifesta-se conforme o nível de consciência e maturidade de cada um. Há os que amam de forma desprendida, dedicando-se inteiramente aos outros, num clima de compreensão e atitudes equilibradas; os que fingem amar movidos por interesses individualistas, não medindo esforços para atender os seus anseios; os que amam conforme os amem, pois, ao menor desconforto, recuam-se, deixando apenas a marca da dor e da desilusão, e há os que não amam de jeito nenhum, mas que usam da astúcia para satisfazer os seus desejos e alimentar a sua libido. Estes últimos subjugam, tripudiam e ainda não permitem a liberdade do outro. Hoje, ante as dificuldades por que passa a humanidade, cabe a cada um buscar uma forma coerente e equilibrada de amar, para solidificar a sua permanência no mundo chamado "civilizado", principalmente quando se trata da vivência em comum, buscando fortalecer os laços afetivos, a fim de evitar os confrontos conflitais. A guerra de conflitos, discordâncias de interesses, distorções de valores, tudo isso tem sido instrumento de desequilíbrio, porque os interessados alimentam-se das chagas do egoísmo para conseguirem os intentos almejados. Temporariamente, muitos conseguem atingir os seus objetivos, mas, sobre uma estrutura tão frágil que, ao primeiro balançar do vento ruirá, ficando apenas os vestígios acinzentados de uma história que poderia seguir rumos diferentes, rumos libertadores. Em casos assim, somente o perdão, a tolerância, o amor fraternal e o respeito serão capazes de fortalecer aqueles a quem o mal é direcionado, porque nenhum mal, por maior que seja a dimensão, jamais deverá ser pago com o mal, embora doa saber a gravidade do retorno, fruto da lei de Ação e Reação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário